Em meados de 1965 o garoto Onofre não podia ouvir uma música que logo saia batendo em latas, acompanhando o compasso do samba. A mania pegou e seus vizinhos e amigos de rua em pouco tempo já estavam também batucando. Aos poucos foram adicionando pinicos velhos, frigideiras e outros instrumentos de percussão que conseguiam criar. Não tardou muito e já estava formado o Bloco do Sapo. Faziam parte do Bloco o seu fundador Onofre de Barros, Sá Vicença, Seu Bichim, Cássia (Cici da Belinha), Jair Macuco, Maria Macuco e outros que não se recorda o nome no momento. Aparecida Branca era a costureira. Em pouco tempo o Bloco mudou o nome para o Bloco da Onça e, finalmente, em 1973, foi criada a Escola de Samba Cacique da rua Bom Jesus. A partir daí, mesmo com todas as dificuldades de uma escola nascida em bairro pobre, a Cacique não perdeu o pique e veio faturando todos os prêmios de melhor escola em todos os carnavais raul-soarenses.
Este ano, apesar das injustiças e falta de verba para compor todas as alas, a Cacique, sempre guerreira, vai sair sim e para vencer mais uma vez e provar que ainda é a melhor Escola de Samba da cidade.
Foto: Onofre de Barros, fundador da Cacique.
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